O Sporting ganhou 3-0 ao
Belenenses, uma equipa bem orientada, que nesta Liga Portuguesa já tinha conquistado
2 pontos ao Benfica e outros dois ao FC Porto. A verdade é que, à jornada 13, estamos fortes e
na liderança, como nos bons velhos tempos. Agora, o objetivo é ganhar ao Nacional. Esta linha de comunicação
assente na mensagem de ter como objetivo ganhar o próximo jogo é muito forte
porque é verdadeira, demonstra uma estratégia segura e tranquila, retira aos nossos jogadores a pressão de manter a
liderança e agrada muito aos nossos
credores, porque tem implícita uma atitude responsável. É por isso que a ideia de que somos candidatos a ganhar o próximo jogo irrita solenemente os nossos adversários. O Sporting está no rumo certo!...
A NACIONALIZAÇÃO DE FERNANDO
Na jornada 13 da I Liga
Portuguesa, FC Porto e Benfica marcaram um total de 6 golos. Mas nenhum desses
golos foi marcado por jogadores portugueses. Pelo contrário, o Sporting Clube
de Portugal marcou 3 golos, que foram apontados por jogadores diferentes, todos
portugueses e todos formados na Academia de Alcochete. É um orgulho para a
escola de futebol do Sporting e uma vergonha para os nossos adversários, que
querem ter jogadores na seleção nascidos em outros países e nacionalizados à
pressa.
Se Fernando Gomes,
presidente da FPF, defende os jogadores portugueses e os clubes formadores – e
não este ou aquele agente FIFA – não pode tolerar que Fernando, do FC Porto, um
jogador que há poucos meses alimentava a esperança de jogar pela seleção do
Brasil (http://bit.ly/IZMfwu), venha a ser convocado por Portugal para o
próximo Mundial. Estamos fartos de palhaçadas. O cidadão Fernando tem todo o
direito a ser português para poder migrar no futebol europeu com mais
facilidade. O que não podemos é tolerar que Portugal tenha um selecionador, que
até conhece a escola sportinguista, e que admita a possibilidade de convocar o
jogador portista. Penso que o Sporting deveria colocar esta questão na agenda
mediática.
UMA IDEIA DE MARKETING
O Sporting vai mudar de
fornecedor de equipamentos no final da presente temporada. O contrato com a
Puma, que dura desde 2006, rende 600 mil euros por ano, está a terminar e não
deverá ser renovado. O Sporting quer um contrato na ordem dos 2 milhões de
euros, ou seja, que valha o triplo desse valor. Ainda assim, um valor que
representará metade daquilo que FC Porto e Benfica recebem da Nike e da Adidas.
As marcas Macron e Nike estão bem posicionadas em Alvalade. Sobre equipamentos,
deixo uma ideia de marketing: o Sporting deveria apostar no lançamento de
camisolas de época em homenagem aos jogadores mais importantes da sua história.
Por exemplo: a camisola de Travassos ou de Peyroteo segundo o “design” das
décadas de 1940-1950: a camisola de Yazalde, a camisola de Manuel Fernandes,
Jordão, Vítor Damas e muitas outras glórias leoninas. Explorar esse filão comercial,
para além de evocar a história do Sporting Clube de Portugal e de reforçar os
seus valores e a sua identidade, daria muito mais dinheiro do que essa invenção
moderna das camisolas alternativas, que não passa de mais um elemento destinado
a retirar a identidade às equipas.
A AUDITORIA
Depois da auditoria da
treta feita no tresloucado consulado de Godinho Lopes, o Sporting Clube de
Portugal começa, agora, finalmente, a ajustar contas consigo próprio, de forma
séria e rigorosa, ao ter assinado um contrato com a Mazars Portugal para a
realização de uma auditoria de gestão, que foi uma das promessas eleitorais de
Bruno de Carvalho.
A auditoria vai abranger
o período de 1995 a 2013, ou seja, deste a presidência de Santana Lopes a
Godinho Lopes, passando por José Roquette, Dias da Cunha, Filipe Soares Franco
e José Eduardo Bettencourt. A auditoria a realizar pela multinacional francesa
vai ter quatro vertentes: imobiliária, gestão desportiva, gestão dos bens e
serviços e gestão dos recursos humanos. A auditoria de gestão, que custa 319
mil euros, tem a duração de um ano e meio.
O “SPORTINGUISMO” DO “RECORD”
Somos líderes, mas não
somos parvos. Na semana passada, o jornal “Record” dedicou várias primeiras
páginas à liderança do Sporting Clube de Portugal. Na semana em que o Benfica e
o FC Porto falharam um dos grandes objetivos da temporada, foram capas verdes
em capítulos para entusiasmar a malta sportinguista e desviar as atenções do
essencial. E o essencial é que o FC Porto e o Benfica, que investiram milhões,
foram eliminados da Liga dos Campeões. Donde, o jornal de João Querido Manha
deveria procurar saber quais serão os prejuízos resultantes dessa eliminação.
Deveria procurar identificar os responsáveis pelo fracasso e procurar saber o
que cada clube vai fazer para minimizar os enormes prejuízos. Outras perguntas
deveriam ser respondidas pelo “Record”: o FC Porto e o Benfica, agora que estão
fora da Liga dos Campeões, não têm craques a mais para colocar no mercado? E a
bola que roubaram à estátua do Eusébio já foi encontrada? E o testamento de
Pinto da Costa, o que dizia?
Sabemos que isso não
interessa. O que interessava era tentar adormecer os rapazes do Sporting com o
seu sucesso histórico, de modo a que cedessem pontos ao Belenenses. Para essa
gente, só temos uma coisa a dizer: estamos na liderança, isso é muito bom, mas
ainda não ganhamos nada.
A Liga Portuguesa é uma
maratona. Por enquanto vamos na frente. Mas não entremos em euforias. O que
eles querem é que mudemos o discurso e a estratégia. O nosso objetivo continua
a ser o mesmo: ganhar o próximo jogo, ao Nacional da Madeira. Só assim
poderemos chegar a 2014 no primeiro lugar. Uma posição “justa” como sublinhou,
e muito bem, o nosso treinador, Leonardo Jardim.
A FRASE
"Se pudermos ficar
em primeiro, não vamos ficar em segundo, mas vamos jogo a jogo até final do
Campeonato."
William Carvalho, 08-12-2013